Por esta janela
O sol já não se insinua ou arde
Me beija o mar por ela
Me beija o mar por ela
Com sua brisa suave, sem alarde
Por este mesmo vão
Por este mesmo vão
Que ora descortina os concretos da
cidade
As luzes brotam não do céu, mas do chão
E nesta hora ele me invade
Inda no silêncio da noite
Vem me despertar este canto
Que tampouco é do caos donde
habito
Nem da desordem do peito que espanto
É canto alegre da vida
Cantarolando o doce sertão
Vem de longe, vem agreste
no bico que a este som empreste
me assobiando enfático refrão:
Meu filho, desperta já
não há mundo sem ti, não!
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