Você me faz sofrer... Quando me invade com o seu olhar sereno e me despe no momento que seu brilho me ofusca a razão, você me faz sofrer. Não que haja pouca verdade em seu olhar, é que já não consigo estar longe dele. Quando em seus braços me refugio e o calor do seu corpo arde em meu peito, eu calo. É que meus dias fizeram minha mente clara e meu corpo tão pálido e frio que tremo em pensar me afastar de sua chama, então você me faz sofrer. E os segundos cruéis que passam no seu relógio tomam a velocidade supersônica de minha agonia e me roubam de você, levam de mim a possibilidade de um amanhã e mesmo que sempre soubesse que tudo não poderia mais que efêmero ser, ainda assim, você me faz sofrer.
É que ando desacostumado com certos sentimentos, certas sensações. Sinto seu cheiro e imagino parar o tempo. Já sequer consigo descrever a avalanche de emoção que me faz o simples toque de suas mãos, o coração acelera e a mente pára. Sou presa fácil. Tudo que construí de fortaleza pelos tempos infindos de guerra com meu passado explode como um vulcão no instante que sinto seu beijo, o roçar de sua língua, e me traz à tona tudo de mais cálido e vermelho que meu corpo se negava a sentir por séculos. E me faz alto, vivo e pulsátil. Tão dono de mim, tão livre, que sinto como um barco que se entrega à bravura impiedosa das ondas do mar que ao mesmo tempo alimenta e mata, resfria e afoga, e vicia.
É que ando desacostumado com certos sentimentos, certas sensações. Sinto seu cheiro e imagino parar o tempo. Já sequer consigo descrever a avalanche de emoção que me faz o simples toque de suas mãos, o coração acelera e a mente pára. Sou presa fácil. Tudo que construí de fortaleza pelos tempos infindos de guerra com meu passado explode como um vulcão no instante que sinto seu beijo, o roçar de sua língua, e me traz à tona tudo de mais cálido e vermelho que meu corpo se negava a sentir por séculos. E me faz alto, vivo e pulsátil. Tão dono de mim, tão livre, que sinto como um barco que se entrega à bravura impiedosa das ondas do mar que ao mesmo tempo alimenta e mata, resfria e afoga, e vicia.
E quando arranca de mim o delírio maior, meus músculos rijos, a carne fogo, tudo de nobre perde sentido. Não há razão para nós. E mesmo que os corpos quentes estejam plenos de prazeres mundanos, ainda lá encontro o seu olhar, seu abraço, seu cheiro, seu beijo. E, por fim, você me faz sofrer. E me faz feliz.