Quando mais novo ateavam-me:
⁃
Mente poluída!
Apreciava o nu genital
boca boceta cu pau
Dudu Bê-Bê-Cê
a puta cujo nome
primeiro ouvi
numa mesa ao jantar
vovô a farfalhar
explicara seu sobrenome
suas letras que assumem
o orifício de ofício
ao que mais dava o homem.
Dudu, Lulu, as primas
suas sinas
já compostas em telas
(Toulouse-Lautrec o fizera)
por que haveria de ser
que minha letra
não as quisera?
Não!
Venham-me todas
imundícies e glórias
tetas rijas e flácidas
membros viris
e as máximas
orgias funestas
quartos úmidos e escuros
nas ruas que todos se apressam!
Dou-lhe caras, ouso nomes
a mente em ebulição
a real poluição
é a necessária polução
das indigentes
contraditas
vedadas
ideias.