Tenho tanta saudade de mim...

segunda-feira, setembro 29, 2014

Segundo olhar

A grama do jardim
do inimigo
é tão úmida e escorregadia
quanto a minha.
As formigas ardem na pele
de quem é picado
com prurido símile de outrora.
O que muda senão a forma
oblíqua e solitária
de enxergar o abismo
que tu te afundas?
O que esperar além das desgraças anunciadas
perversas e sádicas do porvir?
Esperança?
Nome infame:
fidelidade aos incontroláveis
desdobramentos da ilusão
é como se entende.
Sê só e em maior parte triste
que o riso ao nascer
ilumina mais e aquece pujante
a face.

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