na vertigem dos poetas
bocetas de ninfetas
no paraíso dos ascetas
o desejo das punhetas
na vertigem das palavras
os cantos sujos das páginas
marcadas com suas orelhas infectas
em otorragia de ideias
na vertigem deste poeta
a imundície da palavra
a embriaguez do mundo
teu cu em pelo, mudo
na vertigem do universo
em transe, a humanidade
transa humana idade
o gozo coletivo do verso
ah, por que me tomas?
insurjo, pois, nesta noite infame
profana a madona, anda!
esta vertigem de herege
o cheiro nascido dos poros
escorrem pela virilha
esta vertigem, líquidos, suores
saciam tua sede, tua língua.
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