Ditado por alguém, num
surto qualquer, num domingo a noite.
Acordei. Eram oito horas da manhã e estava morto. Não que a
noite anterior houvesse se passado às claras e que minhas energias não houvessem
se recomposto. Estava literalmente fisicamente morto. Corberto de cravos em
quase minha inteirice, exceto o rosto, velavam meu corpo na sala. E estava
muito branco e frio e penteado e inerte. Nunca me vira assim. Nem quando tinha
fugido de mim os amores – ou desamores –
nunca ficara qual estava eu, ali, quieto, no meio da sala, morto. E engraçado
que não sofria como dantes! Os outros sim. Talvez sofressem. Ao menos choravam.
Eu não. Era leve, transparente, como um sopro, um vento errante. Bem morto. E
vi a luz.
Um comentário:
Nossa.. depois de um sabádo a noite muitas pessoas se sentem assim . mas não vá pra luz vc fica bem melhor como um cavalo belo e forte...zumbi não .
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