Tenho tanta saudade de mim...

terça-feira, maio 01, 2012

inundar-se de amor


Não por medo, meu bem,
deste amor que me desloca
da estiagem de ordinários dias
à maresia de tua boca.

Se é no silêncio que te devoto
minh'existência com versos ridículos,
                             [antigos, remotos...
Não é por frieza a qual me advogas,
nem mesmo por ausências hipócritas.

É que esta paixão, ou amor – não importa,
traz-me vertigem e me agita
qual mar revôlto e um desavisado banhista
que no azul se afoga.

Como ele, desesperado, parte de mim grita,
a outra, impotente,
sufoca.

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