Não por medo, meu bem,
deste amor que me desloca
da estiagem de ordinários dias
à maresia de tua boca.
Se é no silêncio que te devoto
minh'existência com versos ridículos,
[antigos, remotos...
[antigos, remotos...
Não é por frieza a qual me advogas,
nem mesmo por ausências hipócritas.
É que esta paixão, ou amor – não importa,
traz-me vertigem e me agita
qual mar revôlto e um desavisado banhista
que no azul se afoga.
Como ele, desesperado, parte de mim grita,
a outra, impotente,
sufoca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário