Sob sua sombra
jazem nossos mortos:
os seus, murchas pétalas
os meus, humanos corpos.
No jardim de sono eterno,
em sua existência etérea,
desfolha mansa e com cuidado
preservando casulos de nérias,
afinal há vida em tudo!
mesmo esta lápide fria, cinzenta
recebe o abraço sinuoso,
repelido de esquecimento,
da árvore baixa, anciã
com tronco retorcido e cruento,
guardiã das memórias de tantos
dispersas nas flores
levadas no vento.
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