Quando vem desesperada, é posse
Se sorrateira noturna, medo
Se nascer na alvorada, é fossa
Se dormir ao seu lado, aconchego
Se irar quando olho, ciúmes
E se acalmar no longe, sossego.
Agora,
Se chegar tímida e sinuosa
Meio de lado, sem jeito
Tornando-se a dona do peito
Acelerando o ritmo devagar
Pare, meu velho amigo
Abrande a voz
Abaixe o olhar
Ela existe de verdade
Não respeita gênero ou idade
Infinita, doce ou cruel,
Ela se chama saudade.
Um comentário:
Postar um comentário