É tempo de espanto
Olhem!
Nasceu tímido naquela boca
Anêmica e flácida
Vive
É morno
Pulsa lentamente e arrítmico
Escorre pelos cantos, ganha o mundo
Não virem seus rostos, não
ousem fitá-lo!
Ali! Todo enrugado, ensebado e quase fedorento
Nauseabundo
Ingênuo
No esmalte amarelo reflete-se o assombro
das dilatadas pupilas:
os vi(v/d)entes!
É tempo de espanto
Insinua-se, ainda,
um poema.