É como sorriso amarelo, entreaberto,
felicidade maltratada de tempo,
cheiro bom de infância-menino,
de talco no colo de minha avó,
do quase esquecimento.
Do quase dormir,
um instante
que se roubam as rédeas da vida
da gente.
É uma tocaia
quando o sinto,
quando o espero.
É uma eternidade, confesso.
São mensagens imediatas
na velocidade dos meios modernos
e a mesma sensação de outrora
dos bilhetes vindos a carteiro.
É um cerzir de retalhos
que desenho na mente,
montando com cuidado
a figura que me é aparente.
E me questiono neste insano ato
de me entregar combalido
a este vulcão que explodira rápido:
o que ganho ou perco?
Deixo-o quieto então,
abrando-o com ventos de fora,
mas fica a parte um quinhão
desta coisa que me alucina a mente.